sexta-feira, março 29, 2024

A Segurança Pública no Brasil

Hoje temos várias “polícias” em nosso dia a dia A nossa Constituição nos traz algumas: Polícia Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civil, Militar, Legislativa, e a Guarda Municipal, que a partir de 2012 também ganhou o tão sonhado poder de “polícia”.

Era pra ser um país superseguro, pois, com tantas polícias, imaginaríamos esbarrar em policiais em cada esquina, mas não é bem assim… Vivemos um cenário caótico no que diz respeito à Segurança Pública, tanto a União quanto os Estados sofrem com a falta de efetivo, más condições de trabalho, lutas internas entre cargos, salários defasados e assim por diante.

O cidadão clama por segurança, mas não sabe que inúmeros problemas corporativos aumentam a distância desse clamor, governantes parecem brincar com os símbolos escolhidos dedicadamente por nossas instituições de segurança, pois, a cada tempo é lançado uma nova proposta para acabar com a criminalidade. Alguns policiais em Goiás ficam confusos na hora de responder a um juiz a que corporação pertencem, pois, até criarem uma polícia que não existe na nossa Carta Magna, os nossos governantes conseguiram… 

E não é só em Goiás que acontecem coisas estranhas na segurança não, no Distrito Federal agentes do departamento de trânsito de vez em quando são presos por “colegas” de outros órgãos de segurança do mesmo DF por cometerem irregularidades quanto ao porte de arma, visto que esse porte é regulado por Lei Federal (10.826/2003), mas que de vez em quando é confrontada por liminares distritais…

Pois bem, lendo e vivenciando o dia a dia policial em Goiás e no Entorno do Distrito Federal, chegamos a pensar que no ambiente federal a segurança é mais organizada, todavia, mais uma vez temos outro exemplo de chacota com um órgão policial, mais precisamente a mais antiga delas: a Polícia Ferroviária Federal, em 1996 o então presidente teve a brilhante ideia de privatizar todas as ferrovias federais, fazendo com que essa deixasse der ser “polícia” e seus fiéis combatentes ficassem a ver navios, ou melhor, trens… Até os dias de hoje estes não conseguiram voltar a trabalhar nas antigas ferrovias e nem ter os direitos assegurados à época em que ingressaram no serviço público.

Até quando viveremos de fanfarras na segurança, de amadores querendo entender de Segurança Pública e de cidadãos amargurando respostas que nunca vem.

Bruno Alessandro
Especialista em Segurança Pública e papiloscopista policial da PC-GO

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